Funchal, 23 set (Lusa) — Uma técnica da Administração Tributária afirmou hoje em tribunal que o relatório que está na base do processo que levou a julgamento dirigentes, ex-responsáveis e jogadores do Nacional existem “omissões que impediram o contribuinte de se defender”.
Nas Varas de Competência Mista do Funchal decorreu hoje mais uma sessão deste julgamento, que colocou no banco dos réus nove arguidos, entre os quais o presidente do Nacional e o Diretor Regional dos Assuntos Fiscais, que respondem por crimes de fraude qualificada, fraude contra a Segurança Social e branqueamento.
Segundo a decisão instrutória, foi elaborado o esquema pelos arguidos visando o pagamento de parte do salário de jogadores e técnicos do Nacional para que não fosse sujeito a tributação fiscal, entre 2002 e 2005, que passou pela criação de uma sociedade “offshore”, uma empresa britânica, que adquiria os direitos de utilização do nome e imagem dos jogadores e, depois, os vendia a outra sociedade, que, por sua vez, os venderia ao clube.