Lisboa, 03 out (Lusa) — O ex-presidente do BCP, Jardim Gonçalves, garantiu hoje em Tribunal que as ‘offshore’ Cayman não pertenciam ao banco, e que se não foi possível encontrar o ‘dono’ destas é porque terá desaparecido o papel onde constava essa informação.
A segunda sessão do julgamento do processo-crime do BCP começou esta manhã nas Varas Criminais, em Lisboa, com a continuação do inquérito a Jardim Gonçalves pela presidente do coletivo de juízes, Anabela Morais.
Quando questionado sobre se as 17 ‘offshore’ Cayman – que não teriam último beneficiário (UBO no termo técnico em inglês) – eram dominadas pelo BCP, Jardim Gonçalves disse que no banco existiam “milhares de ‘offshore'” e que as 17 tal como as outras “não eram dominadas pelo BCP de certeza”. Jardim Gonçalves garantiu que não teve contacto com o processo, mas que as ‘offshore’ tinham que ter ‘dono’ para serem criadas.