Lisboa, 16 jul (Lusa) – O PCP manifestou hoje dúvidas se a questão do contrato de trabalho do conjunto dos funcionários do Banco Português de Negócios (BPN) constituiu realmente o principal problema nas negociações entre o Governo e o banco BIC.
Na sexta-feira, na comissão de inquérito parlamentar sobre o BPN, o presidente do banco BIC Portugal, Mira Amaral, referiu que o principal motivo do diferendo entre a sua entidade e o Governo, ao longo das negociações, se relacionou com o facto de os cerca de 1600 trabalhadores do BPN terem um contrato coletivo de trabalho.
Segundo a versão de Mira Amaral, o Governo, sobretudo por via da secretária de Estado do Tesouro, Maria Luís Albuquerque, opôs-se a que estes 1600 funcionários do BPN, com a compra do banco pelo BIC, perdessem o contrato coletivo e passassem a ser abrangidos pelo acordo de empresa existente no BIC.