Cidade do Cabo, África do Sul, 29 nov (Lusa) — O Governo sul-africano agiu “ilegalmente” no ano passado quando recusou atribuir um visto ao dalai lama para preservar as relações diplomáticas e os interesses comerciais com a China, indica uma decisão do tribunal de recurso divulgada hoje.
A ministra do Interior na altura, Nkosazana Dlamini-Zuma, “atrasou além do razoável a sua decisão acerca da atribuição ou não do visto (…) e em consequência agiu de modo ilegal”, segundo a decisão que dá razão ao prémio Nobel da Paz sul-africano Desmond Tutu, que tinha convidado o dalai lama para participar como orador nas celebrações dos seus 80 anos.
A deliberação refere que, apesar de o visto não ter sido recusado, há evidências de “interferência” e que “o dossiê foi deliberadamente atrasado para evitar uma decisão”.