Lisboa, 10 nov (Lusa) — O secretário-geral do PS acusou hoje o primeiro-ministro de ter convidado os socialistas para a reforma do Estado “em termos tais” que já sabia que eram “inaceitáveis” para o maior partido da oposição.
“Desde o início da aplicação do memorando que há uma oposição do PS ao caminho da austeridade custe o que custar seguido pelo primeiro-ministro. Ora, o corte dos quatro mil milhões de euros é mais, muito mais, da mesma política de austeridade que o PS rejeita”, escreveu António José Seguro, na sua página no Facebook, numa mensagem em que volta a esclarecer a posição do PS sobre o debate das funções do Estado lançado por Passos Coelho.
“Acresce que foi divulgado que esse corte vai ser feito, na quase totalidade, no Serviço Nacional de Saúde, na educação pública e na segurança social pública. Não restam dúvidas de que o primeiro-ministro fez este convite em termos tais que sabia que o PS não poderia aceitar”, acrescenta Seguro, no mesmo texto, em que sublinha que desde o início deste processo o PS disse estar “contra o desmantelamento do Estado Social”.