Lisboa, 01 jul (Lusa) – A demissão de Vítor Gaspar não surpreendeu os economistas contactados pela Lusa, uma vez que – argumentam – o ministro das Finanças tinha já perdido a credibilidade ao não cumprir os objetivos com que se comprometeu.
O professor universitário Abel Fernandes considerou, em declarações à agência Lusa, que a saída de Vítor Gaspar do Governo “era um passo que era urgente que fosse dado”, uma vez que “protagonizou um conjunto de medidas altamente severas que, contrariamente às expectativas alimentadas pelo Governo, não surtiram os efeitos desejados”.
Por isso, defendeu o economista da Universidade do Porto, “a credibilidade do ministro das Finanças foi severamente afetada, não apenas pelos resultados da sétima avaliação, mas pela descrença da ‘troika’ [Banco Central Europeu, Comissão Europeia e Fundo Monetário Internacional] quanto à capacidade de o Governo implementar a reforma do Estado”.