Lisboa, 04 dez (Lusa) – Jorge Jardim Gonçalves e Artur Santos Silva, fundadores de dois dos maiores bancos privados portugueses (BCP e BPI), consideraram hoje que uma eventual privatização, ainda que parcial, da CGD, aconteceria na pior altura, dada a desvalorização do setor financeiro.
“Num momento de crise, é tudo defensável, menos vender, porque as coisas valem muito menos. Ainda por cima o setor bancário, que nunca esteve tão desvalorizado como está hoje. Acho um absurdo vender-se o que quer que seja da Caixa Geral de Depósitos (CGD)”, afirmou Santos Silva (BPI), num debate sobre “O Dinheiro”, que decorreu no Teatro Nacional Dona Maria II, em Lisboa.
Uma opinião partilhada no mesmo evento por Jardim Gonçalves (BCP): “Em termos financeiros, o Estado não tem que ter uma instituição financeira. Agora, neste momento, a minha posição é de que o Estado não deve vender nada”.