Porto, 19 fev (Lusa) — Os vereadores do PS e da CDU na Câmara do Porto criticaram hoje o protocolo de apoio ao Fantasporto por conter uma “nova cláusula de silêncio” que obriga o festival a “abster-se de criticar a autarquia enquanto entidade cofinanciadora”.
Com a proposta da maioria PSD/CDS hoje aprovada em reunião camarária privada, a que a Lusa teve acesso, a cooperativa Cinema Novo, enquanto organização do festival, fica obrigado a “abster-se de, publicamente, expressar críticas que ponham em causa o bom nome e a imagem do município do Porto, enquanto entidade cofinanciante do Fantasporto 2013”.
Da parte da organização do Fantasporto, o diretor Mário Dorminsky disse à Lusa que a cláusula “não tem lógica, pela teórica confiança que a Câmara devia ter” para com o evento, acrescentando, ainda assim, não ver “qualquer problema” porque o trabalho do festival “nunca foi contra a Câmara”.