Lisboa, 19 jan (Lusa) – Os empresários ligados ao setor da cultura estão contra o Fundo Monetário Internacional (FMI) que aconselha o Governo a aumentar a taxa de IVA para 23% para os produtos culturais por não o considerar isento na análise.
Em declarações à agência Lusa, Eduardo Simões, presidente da Associação Fonográfica Portuguesa, e Álvaro Covões, que organiza eventos culturais e alguns festivais de Verão, referem que o FMI “não é isento” dado que tem interesse direto ao ser uma das instituições que empresta dinheiro a Portugal no âmbito do resgate ao país.
Álvaro Covões, da empresa Everything Is New, afirmou que “nesta questão o FMI não é isento porque aconselha a subida do IVA para 23% quando é parte interessada”, ao comentar a sugestão do fundo para que Portugal elimine uma das taxas do IVA, considerando que alguns dos bens e serviços que estão atualmente nas taxas reduzidas e intermédia não são de necessidades básicas, tais como os eventos culturais.