Lisboa, 06 nov (Lusa) — A Deco denunciou hoje um aumento de queixas de assédio e pressões psicológicas feitas por empresas de recuperação de crédito que chegam a levar a despedimentos e defendeu a necessidade urgente de adotar regulamentação para o setor.
“As pessoas queixam-se que lhes telefonam para o local de trabalho, para os superiores hierárquicos, para familiares, vizinhos. É uma pressão constante. As pessoas sabem que estão em incumprimento o que as deixa debilitadas, vulneráveis”, afirmou à Lusa Natália Nunes, do gabinete de apoio ao sobre-endividado daquela associação de defesa do consumidor.
Muitas das queixas contra empresas de recuperação de crédito ultrapassam tudo o que é “admissível do ponto de vista legal e ético”, sublinhou a responsável da Deco, adiantando que em média recebe oito reclamações por dia, mas que o número já chegou às 30.