Quito, 28 jan (Lusa) — A empresa petrolífera norte-americana Chevron, condenada no Equador a uma multa recorde de 19 mil milhões de dólares (14,1 mil milhões de euros) por poluição, queixa-se de ter sido vítima de corrupção, noticia a AFP.
A Chevron disse que Alberto Guerra, antigo presidente do tribunal da província amazónica de Sucumbios, no nordeste do Equador, que acompanhou este processo a partir de 2003, teria confessado ter recebido dinheiro da parte dos queixosos, em declaração entregue a um tribunal federal em Nova Iorque.
O antigo magistrado afirmou ainda, nessa declaração, que o seu sucessor, o ex-juiz Nicolas Zambrano, lhe teria confiado que “os advogados dos queixosos tinham aceitado pagar-lhe 500 mil dólares (…) para que pudessem eles próprios redigir a sentença” contra a Chevron, condenada em primeira instância em 2011.