Lisboa, 15 jul (Lusa) – A administração do BCP tardou em responder aos apelos do Banco de Portugal (BdP) sobre a titularidade das ações do banco que estavam nas contas de várias sociedades ‘offshore’, disse hoje em tribunal Carlos Lopes, ‘legal adviser’ do supervisor.
“O BCP fez tudo para esconder a titularidade das ações”, afirmou a testemunha na última sessão, antes do início das férias judiciais, do julgamento que opõe o Ministério Público a quatro antigos administradores do BCP, entre os quais o fundador Jardim Gonçalves.
Segundo Carlos Lopes, apesar das várias tentativas feitas pelo Banco de Portugal, ainda em 2002, para apurar junto da gestão do BCP a titularidade das ações do banco que estavam nos veículos sedeados nas Ilhas Caimão, o banco demorou a enviar respostas sobre a matéria.