Olhão, 05 ago (Lusa) — Pouca tradição de consumo faz com que o mexilhão seja visto como um bivalve menor em Portugal, mas um projeto de aquicultura em Olhão pretende colocar o mercado nacional a consumir o molusco, disse um dos responsáveis.
Em Portugal, a maioria do mexilhão consumido é proveniente da Galiza, mas, ainda assim, os resultados do trabalho da Companhia de Pescarias do Algarve (CPA) – num projeto que surgiu por iniciativa do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (que agrega o antigo Instituto de Investigação das Pescas e do Mar) – têm por objetivo o mercado interno, estando a postos para extração cerca de duas mil toneladas de mexilhões criados em mar aberto, de acordo com o diretor comercial daquela entidade, José Ribeiros.
“O desafio é pôr Portugal a comer mexilhão, coisa que não tem sido nosso apanágio”, lamentou à Lusa José Ribeiros, que lembrou que, em tempos de crise, o mexilhão podia ser o “marisco do povo”, já que é vendido a preços muito inferiores aos de concorrentes como a amêijoa.