Lisboa, 05 jun (Lusa) — O chefe da missão da “troika” defende que a meta de 4,5 por cento para o défice orçamental português é alcançável, mas admite que é preciso flexibilidade e rejeita haver necessidade de mais medidas de austeridade.
Em entrevista ao Diário Económico, hoje publicada, Abebe Selassie afirma que, apesar de a procura doméstica estar “mais fraca” do que o projetado, as exportações superaram as expetativas e, por isso, o Produto Interno Bruto (PIB) deverá “ser um pouco melhor do que o estimado”.
Esta situação, que resulta numa redução das receitas fiscais porque as exportações são menos taxadas, em conjunto com o aumento do desemprego — que fez cair as contribuições para a Segurança social e subir os gastos com subsídios — “tem um peso nas contas públicas”, admitiu.