Lisboa, 13 jun (Lusa) – Os funcionários públicos representam 2,2 mil milhões de euros dos cortes na despesa pública que o Governo pretende fazer até 2014 no âmbito da reforma do Estado, ou seja, 46% do total, segundo documentos hoje divulgados pelo FMI.
No memorando de entendimento que é hoje divulgado juntamente com a análise feita pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) no âmbito da sétima avaliação do Programa de Assistência Económica e Financeira (PAEF) a Portugal, o executivo refere que “uma reforma dos custos com pessoal bem direcionada vai gerar pelo menos um terço (2,2 mil milhões de euros) das poupanças” pretendidas com a reforma do Estado.
Destes 2,2 mil milhões, que representam o total dos cortes estimados nos custos com pessoal até 2014, a parcela mais significativa advém da convergência das regras laborais entre os setores privado e público (541 milhões), sendo que, na carta enviada pelo Governo à ‘troika’ (FMI, Banco Central Europeu e Comissão Europeia) a 03 de maio, se apontava para um encaixe de 520 milhões com esta medida.