Lisboa, 16 dez (Lusa) — Lance Armstrong passou de herói a vilão maior do ciclismo, depois de um processo da Agência Antidopagem dos Estados Unidos (USADA) ter revelado a sua participação no “programa de dopagem mais sofisticado da história do desporto”.
As suspeições eram antigas. Nasceram praticamente ao mesmo tempo do que a lenda, começada a construir com a primeira das sete vitórias consecutivas do norte-americano no “Tour” (seria rei entre 1999 e 2005, ano em que se retirou pela primeira vez), mas nunca nenhum controlo confirmou o envolvimento com doping.
Foi preciso esperar pela segunda reforma do homem que venceu o cancro para que as acusações tivessem fundamento num relatório de 164 páginas, fora anexos, que sustentam a decisão da USADA de irradiar Lance Armstrong e retirar-lhe todos os resultados desportivos a partir de 1998.