Afonso Cruz
Anatomia da Errância, de Bruce Chatwin
Um Bárbaro na Ásia, de Henri Michaux
Do Monte Sinai à Ilha de Vénus, de Nikos Kazantzakis
Diários de Viagem, de Eduardo Salavisa (org.)
O Caminho Estreito para o Longínquo Norte, de Matsuo Basho
O universo é sobretudo espaço entre as coisas. O motivo é óbvio: o universo foi feito para viajar. Há muitas estrelas mas, entre elas, há pouquíssimos lugares para se ser sedentário. Há uns planetas, verdade onde se encontra a melhor hotelaria, mas pouco mais. E nessa vastidão anda tudo a errar, exceto alguns homens que nunca viajam, nem para fora deles mesmos, nem para dentro deles mesmos, são como aqueles pássaros que não fogem quando lhes abrem a gaiola. Sobre isto que fala Kazantzakis.
Alexandra Lucas Coelho
Alexandria, de E. M. Foster
Equador, de Henri Michaux
From The Holy Mountain, de William Dalrymple
The Road to Oxiana, de Robert Byron
Os livros de Le Clézio depois de viver com os índios no Mediterrâneo, África, México, Maurícia, Oceânia.
O meu favorito em 500 carateres?: Todo o Kapúscinski. Henry James na América. Llansol em Bruges e Hélia Correia em Delphos. Emily Brontë no Yorkshire. Os Passos em Volta em Antuérpia e Photomaton & Vox no Vulcão dos Capelinhos. Raul Brandão no continente e nas ilhas. Assis Pacheco na guerra. Lobo Antunes no Miguel Bombarda. Manuel de Freitas em Lisboa-à-noite. Rui Pires Cabral longe da aldeia. Vicente Franz Cecim na Amazónia. O Afeganistão de Didier Lefèvre. A Baía dos Tigres, de Pedro Rosa Mendes. O Coração das Trevas, de Joseph Conrad.
Carlos Vaz Marques
A Viagem dos Inocentes, de Mark Twain
Jerusalém, Ida e Volta, de Saul Bellow
Viagem de autocarro, de Josep Pla
Caminhar no Gelo, de Werner Herzog
O Colosso de Maroussi, de Henry Miller
Ao ser-me pedida uma lista de cinco livros de viagens de que gosto especialmente, hesitei entre as viagens já realizadas e as viagens ainda por fazer. Lembrei-me de imediato dos dez já publicados na coleção que coordeno para a Tinta-da-china e de como, por razões diferentes, gosto de cada um deles à sua maneira. Mas esses estão aí disponíveis para quem quiser descobri-los. Sendo assim, a minha lista é uma lista de viagens futuras. Cinco livros de que também gosto particularmente e que, mais tarde ou mais cedo (alguns deles, muito em breve), vão ter edição portuguesa. A minha curiosidade começa já a interrogar-se acerca das cores e das imagens que, para cada um deles, vão sair das imaginações conjugadas da Vera Tavares e da Bárbara Bulhosa (as responsáveis por serem tão bonitos os livros da coleção). Se tiver que destacar um, desculpem o cliché, mas é o próximo. É sempre o próximo. E o próximo é A Viagem dos Inocentes com as gargalhadas que Mark Twain nos faz dar até a respeito de nós próprios, os portugueses, nesta extraordinária viagem à Europa. O facto de 2010 ser ano de centenário de Twain acrescenta um aspeto comemorativo a esta edição, naturalmente. Mas essencial é descobrir como está vivo (e nos faz sentir tão vivos) este escritor extraordinário que morreu há precisamente cem anos.
Fernando António Almeida
A carta do Achamento do Brasil, de Pêro Vaz de Caminha
Dois relatos de náufragos: Tratado do sucesso que teve a nau S. João Baptista, de Francisco Vaz de Almada, ou Naufrágio das naus Sacramento e N.ª Sr.ª da Atalaia, de Bento Teixeira Feio
O Egito – Notas de Viagem, de Eça de Queirós
Peregrinação, de Fernão Mendes Pinto
Viagens na Minha Terra, de Almeida Garrett
Percursos de Fim-de-Semana, de Fernando António Almeida
O meu preferido? Neste momento em que (demasiado modestamente) se está comemorando o possível meio milénio da data do nascimento do escritor (entre 1509 e 1511), essa obra maior da literatura portuguesa que é a Peregrinação”. À sombra desse e dos outros que indiquei, muito à socapa, infiltraria os meus portuguesíssimos Percursos de Fim-de-Semana, obra muito festejada por mim próprio.