A falta de vias de comunicação é um dos principais entraves ao acesso a cuidados de saúde nos países em desenvolvimento. No Ruanda, por exemplo, a hemorragia pós-parto é a principal causa de morte entre as mulheres grávidas e as recém mamãs. Na maior parte dos casos, o sangue necessário para a transfusão não chega tempo. A tecnologia pode, agora, ajudar alterar esta realidade.
O Governo do Ruanda tem uma frota de 15 drones (veículos aéreos não tripulados) prontos para fazerem até 150 voos cada um, em caso de emergências médicas. O projeto, lançado no distrito de Muhanga, é o primeiro serviço de entregas com drones do mundo.
Durante a primeira fase de funcionamento, os drones vão limitar-se ao transporte de sangue para zonas remotas. Vão partir de 21 bancos de sangue localizados na metade ocidental do país e poderão voar até 150 km, num percurso de ida e volta. Os drones podem transportar até 1,5 kg de sangue.
O objetivo é expandir a rede de transporte a todo o país no próximo ano e alargar o serviço a todos o tipo de medicamentos e vacinas.
O projeto resulta de uma parceria entre a Zipeline, uma empresa de robótica sediada nos EUA, a GAVI (Aliança Global para Vacinas e Imunização) e a multinacional de logística UPS que, através da sua fundação, investiu 1,1 milhões de dólares na ideia.
Os parceiros da iniciativa pretendem o exportar o conhecimento adquirido no Ruanda para todo o mundo.