“O setor da Construção e do Imobiliário atravessa um momento de consolidação e de recuperação da atividade”, resume o presidente da AICCOPN – Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas, Reis Campos, em jeito de balanço, por ocasião do recente aniversário da Associação que completou 127 anos de existência..
“Sempre afirmámos que esta era uma inevitabilidade. Recorde-se que, em 2018, o investimento imobiliário totalizou 30,3 mil milhões de euros. O volume de negócios internacional do sector ascende aos 10,8 mil milhões de euros, pelo que é possível ter uma noção clara da dimensão desta atividade no plano da internacionalização”, especificou ainda o presidente da associação.
No que respeita ao investimento público, este ficou aquém do previsto, com a própria Comissão Europeia a alertar para o facto de Portugal, em conjunto com Itália e Espanha, apresentar o nível de investimento público mais fraco da Europa.
“É, pois, com grande expectativa que as empresas encaram a concretização do Programa Nacional de Investimentos (PNI2030)”, afirma Reis Campos, salientando que “este programa reflete um amplo consenso em torno de prioridades de investimentos infraestruturais nos setores da Mobilidade e Transportes, Ambiente e Energia, imprescindível para o desenvolvimento coletivo e para a coesão territorial e social do País”.
Recorde-se que o PNI 2030 será o instrumento de definição das prioridades de investimentos infraestruturais estratégicos de médio e longo prazo, nos setores da Mobilidade e Transportes, Ambiente e Energia.
Com um fundo superior a 20 mil milhões de euros e um horizonte temporal de 10 anos, abrange as infraestruturas de nível nacional localizadas em Portugal Continental, estruturando-se por projetos ou programas com investimentos superiores a 75 milhões de euros.
Para os construtores, é pois fundamental a calendarização do PNI 2030, que irá “assumir-se como um instrumento orientador para o tecido empresarial do sector, fundamental para a necessária programação da atividade das empresas, num momento em que enfrentam graves problemas como a falta de mão-de-obra qualificada e a concorrência desleal”, alertou ainda o mesmo responsável.