“Os preços das casas continuam a subir, mas não são acompanhados pelo rendimento das famílias. Não é boa altura para investir em imóveis”. O alerta vem de Filipe Campos, economista da DECO (Associação de Defesa dos Consumidores) que numa análise ao mercado lembra que a evolução do rendimento disponível em Portugal aumentou apenas 6%, entre 2013 e 2017, “ficando muitíssimo aquém do registado nos preços das casas, nos últimos cinco anos”.
Aos pequenos e médios investidores, o economista aconselha a que se faça os cálculos da rentabilidade através do simulador da Deco – rentabilidade do arrendamento. “Ainda que o índice de preços de arrendamento também tenha vindo a crescer de forma contínua nos últimos anos, trimestralmente, os preços de transação das casas subiram, em média, quase mais 1% desde 2013”, avisa o responsável.
Os melhores e piores bancos para o crédito à habitação
Para aqueles que já estão decididos a avançar, a Deco aconselha na sua revista Dinheiro&Direitos de Maio/Junho à escolha criteriosa do bancos através da análise do spread e principalmente da TAEG (taxa anual efectiva global) que engloba já todos os custos do empréstimo.
Feita a análise da oferta das 15 instituições do mercado, a Deco conclui que o Crédito Agrícola e o Banco CTT são as melhores opções para quem vai recorrer ao crédito.
O Banco CTT, refere-se no estudo, “é a escolha acertada num crédito de cross-selling (subscrição de outros produtos em troca de um valor mais reduzido) com um spread de 1,30% e a TAEG de 1,70%. “Esta opção permite poupar 196 euros por ano, em relação à média dos créditos analisados”, conclui-se. No fundo da tabela nesta variante aparece o Novo Banco (spread de 2,10% e a TAEG a atingir os 2,80%). e e o Deutsche Bank (spread de 2,10% e a TAEG de 2,83%
“Sem o cross-selling, a melhor opção é o Crédito Agrícola com um spread de 1,60% e uma TAEG de 1,58%”, com a poupança anual a atingir os 267 euros. Os menos favoráveis nesta alternativa o Millenium BCP (spread de 2,75% e TAEG de 2,79%) e novamente o Deutsche Bank (2,15% de spread e 2,89% de TAEG).
A Deco também conclui que “quase metade das instituições analisadas já emprestam 90% do valor da avaliação do imóvel”.