A área arrendada no mercado de escritórios de Lisboa voltou a descer de forma significativa durante o mês passado – um decréscimo de 39% face ao período homólogo do ano 2018 (5119 m2 deste ano versus os 8400 m2 no mês homólogo de 2019). Comparativamente ao mês de janeiro de 2019 a quebra foi de 45%, concluem as contas da consultora Savills.
Resultados que “não deixam margem para dúvidas e demonstram a dificuldade que o mercado irá sentir ao longo de 2019 para responder a uma procura que permanece em níveis elevados” mas sem correspondência de espaços qualificados, refere comunicado da consultora.
Rodrigo Canas, Director associado da Savills Portugal lembra que “estes valores não são de todo surpreendentes e refletem as previsões lançadas no final do ano 2018. Encontrar soluções válidas de ocupação no timing pretendido pelas empresas será um dos maiores desafios para 2019, sem esquecer também o fato de que a escassez de oferta tem limitado muito a escolha de instalações, em termos de qualidade das mesmas. Outras das tendências marcantes para 2019 serão os processos de renegociação, em resposta à falta de oferta no mercado”.
Em termos acumulados, o volume de absorção registado nos meses de janeiro e fevereiro de 2019, verificou uma descida de 34% comparativamente ao mesmo período do ano 2018, com o número de transações também a observar uma quebra de 32%.
Apesar da falta de oferta, que atinge com maior expressão as zonas centrais (Prime CBD e CBD), os resultados alcançados nos primeiros dois meses demonstraram uma preferência por localizações centrais, providas de uma rede completa de serviços, inseridas numa envolvente completa de serviços e que possibilita para muitas empresas a ligação a outros ecossistemas empreendedores ligados à tecnologia e inovação.
O setor de atividade ‘Serviços Empresas’ foi inquestionavelmente o setor mais ativo nos meses de janeiro e fevereiro de 2019, contabilizando 48% do volume total de ABL contratado (6.980 m2), seguido do setor das Tecnologias e Comunicações com 14% (2.007 m2).