A informação foi dada pelo próprio grupo chinês, que anunciou ao mercado a compra de uma posição maioritária na Lanvin. Nos últimos anos, a casa de luxo tem estado a braços com várias dificuldades financeiras, reportando prejuízos pela primeira vez na história o que fez com que tivesse que se abrir ao mercado para evitar o desaparecimento.
Fontes citadas pela Reuters dão conta de que o conglomerado chinês deverá investir cerca de 100 milhões de euros na Lanvin. A EXAME tentou confirmar este valor, mas a FOSUN preferiu não comentar, remetendo para o comunicado libertado ao início do dia.
“Nem todas as marcas conseguem sobreviver mais de um século mantendo o brilho e continuando a ser admiradas como acontece com a Lanvin”, refere Guo Guangchang, CEO do grupo, na nota oficial. “Sentimo-nos honrados por sermos o seu novo parceiro e acreditamos que esta marca, globalmente reconhecida e com uma história tão rica, tem um tremendo potencial de crescimento”, lê-se ainda.
Por seu lado, o atual CEO da Lanvin refere que dado o histórico de investimento da Fosun e o seu entendimento daquilo que é a marca francesa, acredita que o grupo “é o melhor parceiro de longo-prazo” que poderia ter atualmente.
A Fosun continua assim a diversificar o seu investimento, e a apostar em países europeus. Em França, a holding liderada por Guo Guangchang é reconhecida por ter adquirido o Club Med. No ramo da moda, a empresa já tem participações na americana St. John Knits, na italiana Caruso e na alemã Tom Tailer.
Recorde-se que, em Portugal, a holding é detentora do grupo Luz Saúde e acionista maioritária da seguradora Fidelidade. Tem também uma participação significativa no capital do BCP (mais de 25%) e detém ainda cerca de 5% do capital da REN.