Opinião
O mundo que Abril abriu
Não só o 25 de Abril foi resultado de uma dimensão internacional como também influenciou o rumo da História mundial dos últimos 50 anos
A mente tortuosa de P. Brotero
P. Brotero é um fascista envergonhado, de laivos nazis, que encontra inspiração na figura do velho Torquemada, o famoso inquisidor
As eleições de que os portugueses não querem saber (mas deviam)
Não são apenas os cidadãos a ter a perceção de que a sua vida não é afetada pelas decisões tomadas no Parlamento Europeu e, por isso, tendem a abster-se mais nestas eleições. A verdade é que até os próprios partidos políticos as desvalorizam
Memória, nuvens e 25 de Abril, sempre
Continuamos a ser uma comunidade onde a desigualdade é ainda um problema muito grave, onde ainda deixamos demasiados de nós para trás, que teima em não criar condições suficientes para que todos possam ter uma vida digna
A AD de Sebastião
O que não correu bem, de todo, foi o claro desrespeito por Rui Moreira, um homem digno, independente, credível e politicamente poderoso, que não deveria ter sido menorizado.
A batalha pela memória
Celebrar o 25 de Abril, hoje e sempre, tem de ser uma manifestação de compromisso com o futuro que saiba honrar o passado
Abril ora chora, ora ri*
só a falta de memória e a iliteracia política e histórica (que desmentem a ideia de que temos a geração mais bem preparada de sempre, como veremos...) permitiriam concluir que, ao fim de 50 anos, teríamos mais razões para chorar do que para rir
Onde está o meu 25 de Abril?
Honrar o 25 de Abril não é limitarmo-nos a herdá-lo. Qual é o legado que queremos construir? Eu gozo de liberdades que os meus avós, com a minha idade, só podiam imaginar. Mas também estou rodeado de jovens que não auferem sequer mil euros e para os quais a emancipação de ter uma casa para morar e formar família é apenas uma miragem. A liberdade herda-se, mas também se constrói e se expande. Pedro Schuller, da juventude da Iniciativa Liberal, na rubrica Lugar aos Novos
Primeiro um título, depois um capítulo e, quando menos esperamos, há livros que não chegam a ver a luz do dia
Vamos fazer um exercício diferente, um com o qual os nascidos após 1974 se consigam relacionar melhor. E se nestes 50 anos tivessem sido censurados livros que foram editados nestes anos? E se aquilo que damos por garantido fosse proibido? Um autor censurado, uma voz silenciada, uma ideia apagada
O erro de comunicar
Há nuances que permitem afirmar que enquanto os governos socialistas comunicam magistralmente o que fazem, embora na maioria das vezes não fazendo absolutamente nada, os governos social-democratas ou de coligação PSD/CDS-PP não sabem simplesmente comunicar
Campos pintados, quem vos pintou?
Cancro é um cancro. O estrondo de um meteoro que não esmaga, mas cava o mundo em volta
Abominável mundo novo
O Novo Pacto terá como resultado o aparecimento de campos de refugiados mais ou menos improvisados às portas da Europa, com a consequente indignação pública e o aumento de discursos e políticas de nacionalismos exacerbados
A minha luta contra a censura literária
Comecemos pelo Mein Kampf. Dados os indiscutíveis argumentos sobre a sua proibição, por que motivo um livro como este não deveria ser censurado? A resposta resume-se a uma palavra: História. Ampliando-a numa pergunta: se proibimos o acesso a obras que pavimentaram o caminho para uma das maiores tragédias da Humanidade, como garantir que não aprendamos com os erros do passado para que não os repitamos no futuro?
O 25 de Abril, hoje: Património ou desafio?
(Texto de introdução ao “Nómadas do Pensamento” de 16 de abril de 2024, com Rui Tavares e D. Américo Aguiar)
Ajustar contas, antes de Belém
Se, relativamente a Cavaco, Passos Coelho se limita a concluir que, por vezes, o ex-Presidente mais desajudou do que ajudou o seu governo, ou que Montenegro se tem afastado da herança desse mesmo governo, a forma como tratou Paulo Portas é verdadeiramente letal
De que falam estas pessoas?
Vivo no País em que se usam, de forma constante e pública, palavras depreciativas relacionadas com a orientação sexual, a cor ou a origem étnica
A tragédia do Médio Oriente
Perante isto, Israel arriscou tudo. Provocou o Irão, que solto reagiu, desviando a atenção de Gaza para o apocalipse nuclear. Com isso, reativou solidariedades, condenações a Teerão, e pedidos de sangue-frio a Telavive. Netanyahu, que assim reconquista iniciativa e protagonismo, pode condicionar Washington e outros perante uma de duas opções: retomar em força a guerra em Gaza ou responder ao Irão, numa demonstração de força sem paralelo, qualquer delas alimentando novos ciclos dantescos
Ei, rapazes, mas que deriva é essa?
O problema não é os mais velhos terem ideias envelhecidas. O problema é os mais novos – mais educados, mais viajados, mais privilegiados – preferirem ideias desajustadas do tempo em que vivem
E agora?
António Costa, o ex-Governo, a ex-maioria absoluta, o PS e todos os portugueses, e por isso todos os partidos políticos, têm razões para estar indignados, revoltados e exasperados.
Ilusões e perceções
Quando a política fica demasiado dependente das perceções, corre o risco de se limitar a vender ilusões – e desligar-se da realidade