Álvaro, o justiceiro
Simpático, o nosso Álvaro. Deixou cair o secretário de Estado e agora veste-lhes as honras sem o mínimo embaraço. E como parece intelectualmente incapaz de ter uma ideia própria, salpica o discurso barato com generalidades sobre a corrupção e junta-lhe a inolvidável sugestão: a criação de uma agência nacional contra a corrupção
A roupa suja lava-se em casa
O mundo nunca gostou de ser contrariado. Apesar de toda a conversa sobre a singularidade e o esplêndido poder da individualidade, o ser humano gosta de dobrar-se, submeter-se, seguir a norma – mesmo quando sabe que está a fazer um enorme disparate em calar as próprias convicções