Cidades por todo o mundo têm estado a substituir postes de luz que consomem grandes quantidades de energia por LEDs, com luzes mais brancas e brilhantes e que gastam menos. Mas enquanto tiravam fotografias à Terra para medir a poluição luminosa, os astronautas a bordo da Estação Espacial Internacional (EII) constataram algo surpreendente: As luzes LED – em português, diodos emissores de luz – muito valorizadas pela sua capacidade de poupar energia – estão, na realidade, estão a agravar a poluição luminosa do planeta. E mudança é tão intensa que a equipa da EII consegue observá-la do espaço.
Numa das imagens da NASA, vê-se a cidade italiana de Milão, em 2012, quando a utilização de luzes LED era menor. É possível observar que a luminosidade nos subúrbios era semelhante à do centro da cidade. Em 2015, os níveis de iluminação no centro da cidade são muito mais fortes que nos subúrbios, com uma maior presença de luz azul.
Em março, o The New York Times publicou um artigo em que dava voz à queixas dos residentes de Brooklyn sobre a luz “demasiado forte” que entrava nas suas casas, resultando em noites pouco descansadas. E ciência dá-lhes razão: Luzes muito intensas chegam mesmo a alterar os ciclos noturno e diurno, afetando o nosso relógio interno.