A noite já ia avançada quando as palavras de António Costa caíram como uma bomba na sede do Livre: Joacine Katar Moreira, cabeça de lista por Lisboa, conseguia a eleição para o próximo Parlamento. Essa “enorme responsabilidade” vem acompanhada de uma abertura para falar sobre eventuais apoios a um PS minoritário. “Estamos completamente disponíveis para dialogar com qualquer partido, mas é necessário que o atual primeiro-ministro nos informe objetivamente sobre as suas intenções”, disse a deputada única do Livre.
António Costa disse que queria reeditar a geringonça. Mas também disse que pretendia alargar essa solução ao PAN e ao Livre. A primeira deputada do Livre no Parlamento diz que, “objetivamente”, o partido está disponível para “conversar” mas sempre tendo por base “objetivos muito concretos” que acabou por não especificar.
Da parte do Livre, há a perceção de que os eleitores “estão a espera de uma ação absolutamente anti fascista e de uma ótica verdadeiramente equalitária” no Parlamento, disse Joacine Katar Moreira à RTP. É, por isso, uma “responsabilidade alta, mas uma alegria enorme” por conseguir entrar no Parlamento e poder criar uma “verdadeira frente democrática”.