Ainda não é uma promessa eleitoral – até porque o programa do PS só será aprovado a 20 de julho – mas já é uma pista para o plano que António Costa tem para a Função Pública nos próximos quatro anos. Confrontado com a fuga de profissionais da Saúde para o setor privado, o líder socialista admite que “o Estado tem de olhar para as condições remuneratórias dos seus quadros superiores de outra forma, no futuro”.
Num balanço da legislatura, o primeiro-ministro diz que o Governo fez “um grande esforço para garantir um aumento dos níveis salaria9s mais baixos” entre os funcionários do Estado ou de empresas no setor público.
Mas as dificuldades para contratar profissionais continuam a fazer-se sentir. Por isso, e a pensar na próxima legislatura, Costa abre a porta a aumentos nos escalões mais altos da Função Pública. “Nos quadros intermédios e superiores, o Estado vai ter de rever a sua política remuneratória”, diz o líder socialista. Porque, justifica, se as condições não forem alteradas, o Estado “será incapaz de conseguir contratar e reter os quadros mais qualificados”.