É uma verdadeira história de sucesso, sempre em crescendo, a do Alive nos últimos 12 anos. Os números falam por si: público, visitantes estrangeiros, dormidas, milhares de litros de cerveja… Este é um festival que vai, cada vez mais, para lá da música, para passar a ser aquilo a que se convencionou chamar “evento” ou “experiência”. É certo que isso acarreta alguns senãos, numa época em que toda a gente pode tornar-se um líder de opinião, mas a verdade é que, apesar das críticas recorrentes (ao nível do cartaz, dos acessos ou da evidente sobrelotação do espaço), o Alive continua a ser a referência dos festivais de música em Portugal, como se constata por sucessivas inclusões nas listas dos melhores da Europa. Por paradoxal que possa parecer, isso deve-se, sobretudo, à música.
Pode-se questionar, por exemplo, a fraca aposta em grandes nomes do hip hop, mas a verdade é que poucos festivais em Portugal são tão abrangentes em termos de propostas (há até um espaço para o fado). Mesmo admitindo a falta de um ou dois cabeças de cartaz ao nível de anos anteriores (ao contrário de outras edições, o festival ainda não se encontra esgotado), a verdade é que nomes como The Cure, Primal Scream, Vampire Weekend, Bon Iver, Ornatos Violeta, The Chemical Brothers ou The Smashing Pumpkins são mais do que suficientes para fazer deste NOS Alive um momento memorável. Se isso não chegar, há sempre aquele que, para muitos, é o melhor palco dos festivais portugueses, a tenda (nada) secundária, por onde vão passar nomes como Hot Chip, Sharon Van Etten, Johnny Marr, Grace Jones, Thom Yorke ou Idles, a tal banda que todos querem ver.
Ao todo, o NOS Alive conta com seis palcos, entre os quais um dedicado ao fado (por onde vão passar nomes como Cristina Branco ou Camané) e outro à comédia, com a presença de gente como Fernando Rocha, Jel, Eduardo Madeira e Manuel Marques, Nilton ou Ena Pá 2000.
NOS Alive > Passeio Marítimo de Algés, Oeiras > T. 21 393 3770 > 11-13 jul, qui-sáb 17h > €61 e €140 (passe)