Dois especialistas em video mapping e em efeitos especiais, Oskar & Gaspar, criaram uma inusitada porta de entrada no mundo geométrico da obra de Maria Helena Vieira da Silva: uma exposição imersiva assente em animações e ilusões de ótica, matéria rente à espetacularidade, habitualmente usada em eventos de grande escala como concertos ou projeções em fachadas monumentais. Com estas técnicas lúdicas desdobram-se, desconstroem-se e amplificam-se quadros reconhecíveis da pintora portuguesa (naturalizada francesa em 1956) como Atelier Lisbonne (1934-1935) ou La Fête à Tanagra (1953).
Neste museu temporário, criado pela plataforma KWY.studio para a praça central do Centro Comercial Colombo, um octógono branco com banda sonora entregue à curadoria de Rodrigo Leão, estão 35 obras para experimentar, mais do que contemplar. E que incluem tanto as célebres composições abstratas e coloridas (facilmente traduzidas em jogos de perspetiva em que o observador é atraído para dentro do quadro) como outros registos menos óbvios da artista. Esta é a nona proposta do programa democratizante A Arte Chega ao Colombo, que assim celebra os 25 anos de abertura ao público do Museu Arpad Szenes-Vieira da Silva, em Lisboa.
Vieira da Silva. Exposição Imersiva à Obra da Artista > Centro Comercial Colombo > Av. Lusíada, Lisboa > T. 21 711 3600 > até 26 ago, seg-dom 9h-24h > grátis