Será o diabo uma força demoníaca no mundo que precisa de ser dominada? Ou é algo que cada um tem de controlar no seu próprio coração? Eis duas das perguntas do primeiro episódio da nova temporada da série documental A História de Deus, conduzida por Morgan Freeman, que se inicia neste domingo, 5. Ao longo de seis episódios, filmados durante um ano em 30 cidades do mundo (entre elas, Jericó e Katmandu), o ator norte-americano continua a querer entender a fé, a crença, a espiritualidade, a relação do Homem com Deus. Em suma, as questões “que a Ciência não consegue responder”, como diz o produtor James Younger.
Na terceira temporada – que chegou a estar em causa, devido às acusações de assédio feitas ao ator –, cada um dos seis episódios está centrado numa questão sobre o divino. No primeiro, intitulado À Procura do Diabo, Morgan Freeman explora o papel desta figura nas diferentes religiões, desde os monges ascéticos no deserto judaico aos budistas do Nepal. Ao todo, esta temporada contará 36 histórias diferentes, entre as quais estão conversas com o principal exorcista do Vaticano e – curioso – filmagens feitas com drones no interior da Catedral de Notre-Dame, há três meses.
O objetivo da série é, lembra James Younger, “deixar que as pessoas vejam que há sempre algo em todas as religiões com o qual podem identificar-se.” “Se a Ciência conseguisse dizer exatamente como é que o Universo foi criado, o que vai acontecer-nos quando morrermos, o que é a fé e porque é que estamos aqui, não precisaríamos de religião. Mas a Ciência não consegue responder a essas questões”, defende o produtor, que não esconde a possibilidade de uma quarta temporada. “Nunca vão esgotar-se as histórias sobre Deus e religião.”
A História de Deus com Morgan Freeman > Estreia 5 mai, dom 22h30