Gérard Depardieu. É ele, assim sem mais, o principal cartão de visita de Marseille, a primeira série francesa produzida pela Netflix e que passa a estar disponível nesse serviço de streaming, a partir desta quinta, 5. Em oito episódios, que podem ser vistos de um trago, como se fosse um longo filme, conta-se a história do já decano presidente da câmara (Gérard Depardieu como Robert Taro) desta cidade costeira e do seu confronto com um candidato mais novo (interpretado por Benoît Magimel). Esta competição entre eles, à porta das eleições, vai trazer à trama traficantes, políticos, sindicatos e várias personalidades influentes de Marselha. E a cidade tornar-se-á, ela própria, uma personagem.
Dan Franck, produtor e escritor da série, explica que esta história em nada se parece ao mega êxito House of Cards. “Não se trata apenas de jogos de poder nem de política pura e dura. Há também determinação emotiva e humana.” A ideia veio da Netflix e o processo resultou porque houve uma constante troca entre este novo produtor de conteúdos global e a equipa francesa. Aliás, foi a Netflix que bateu à porta de Dan Franck e do diretor de casting Florent Siri, ambos mais habituados ao mundo do cinema. “Tive uma enorme liberdade para escolher os atores que dão vida a estas personagens complexas e com várias cores”, garantiu Florent, na apresentação de Marseille.
A atriz Geraldine Pailhas foi uma dessas escolhas, além do já anunciado Depardieu. Na série, eles são marido e mulher e nutrem ambos uma paixão pela cidade onde vivem. “Adorei trabalhar com Depardieu, poder olhar-lhe nos olhos e interagir com ele. A carcaça está diferente, mas o coração dele é o mesmo”, disse recentemente em Paris, na Cité du Cinéma. E talento também, espera-se, agora que assume este novo papel de quasi eterno presidente da câmara de Marselha.
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