Os barris junto ao balcão deixam adivinhar a principal função desta casa, aberta em outubro, a dois passos do Campo Pequeno, em Lisboa. Mas não revelam tudo. Além de bar, o Armazém 11 é também o escritório e o armazém da marca criada em 1981 pelo enólogo Vítor Horta e dedicada à produção de vinhos e bebidas espirituosas.
Dentro dos barris, há três tintos feitos com as castas Castelão e Aragonês, uma combinação que resulta num vinho mais frutado; outro com Cabernet Sauvignon, para paladares mais exigentes; e ainda outro com Syrah e Touriga Nacional, aliás, o vinho mais solicitado pelos clientes – tanto pelos que visitam o bar como pelos restaurantes e bares que o Armazém 11 abastece em todo o País. Nos brancos, há o Fernão Pires, com Arinto, e o Chardonnay, com Alvarinho da região de Lisboa, que André Horta, filho de Vítor Horta, diz ser “o Rolls-Royce da casa”. Na lista, existem ainda mais bebidas para experimentar, como o gin preparado com uma base de lima e limão, o vinho abafado e a ginja, todos de produção própria. “Em breve haverá mais novidades à prova”, deixa escapar André, que trabalha na retaguarda.
Para acompanhar, o Armazém 11 dispõe de tábuas de queijos e de enchidos, em que se destaca, por exemplo, o paio, a linguiça, o chouriço de porco preto e de Seia. Nos próximos dias, os petiscos vão aumentar: cogumelos portobello recheados com queijo de ovelha, chouriço e cebolinho, pica-pau de vaca e ovos mexidos com farinheira de porco preto. “Um vinho de barril não tem de ser carrascão, e nós somos a única marca que pode usá-los a nível comercial”, diz André, com visível orgulho. Serve-o num ambiente simpático, sentado nos bancos altos ou no sofá de pele do fundo. Como lá em casa.
Armazém 11 > R. Augusto Gil, 11A, Lisboa > seg-qui 17h-1h, sex-sáb 18h-2h