O que está exposto no átrio do Espaço Amoreiras são apenas 2% do espólio total que estava guardado na antiga fábrica da Majora, no Porto. Com as restantes peças, na sua maioria jogos de tabuleiro, brinquedos e coleções de livros, os novos donos da marca portuguesa querem abrir, em breve, um museu. Tudo começou em 1939 quando Mário Oliveira, inspirado por uma viagem que tinha feito à Alemanha, criou o primeiro jogo de tabuleiro, Pontapé ao Goal. Mais tarde, já na década de 60, seria o Sabichão a fazer as delícias de todos. Seguiram-se muitos mais jogos, que se tornaram referências ao longo de várias gerações. “O Jogo da Glória, as damas e o Mikado são a Majora”, diz Catarina Jervell, 41 anos, diretora-geral da marca, acrescentando que “as crianças de agora podem ainda não conhecer a Majora mas conhecem os jogos.”
Comprada, em 2014, pelo grupo The Edge SGPS, a Majora vai regressar ao mercado, lá mais para o Natal, com um novo logótipo (em vez de uma criança a brincar, mostrará duas crianças) e com 33 jogos redesenhados e já testados com crianças entre os 7 e os 11 anos. Catarina Jervell não tem dúvida de que “as crianças estão completamente recetivas, mas também depende dos adultos chamá-las para brincar em conjunto”. Nos dias de hoje, a Majora não podia deixar de possuir uma loja online e, em 2017, disponibilizará uma plataforma com conteúdos interativos e jogos. “Não pode ser mais um jogo que contribua para o isolamento social da criança”, assegura a mesma fonte. Subscrevemos.
Majora – 77 Anos a Entreter os Portugueses > Espaço Amoreiras – Centro Empresarial > R. D. João V, 24, Lisboa > até 29 set, seg-sex 7h-23h, sáb 9h-21h, dom e feriados 9h-18h > grátis