É por uma grande porta verde de um antigo palacete virado para o Jardim do Príncipe Real, em Lisboa, que se entra na Beirut Brand Collective. A loja temporária tem a curadoria de The Feeting Room – que vende roupa, malas, sapatos e acessórios, para homem e mulher, com destaque para as marcas nacionais – e junta ainda as portuguesas Electric Blues e a UOY. Antes de se falar das peças, o deslumbramento obriga a descrever o lugar: duas salas espaçosas, com tetos trabalhados, lareiras e grandes janelões que são morada, até final de abril, da Beirut – o nome é uma homenagem à nacionalidade de um dos antigos proprietários deste palacete.
A primeira paragem faz-se em frente aos anéis e aos brincos do joalheiro João Pedro Oliveira, “conhecido por trabalhar prata e minerais naturais”, e depois passamos para as mochilas e carteiras da marca portuguesa Wetheknot, amigas do meio ambiente, que “dispensam a pele, optando pelo plástico e pelo algodão”, explica Ana Morais, a diretora da loja The Feeting Room, em Lisboa. Penduradas (por um fio) estão as plantas da Fiu, que utiliza uma técnica ornamental japonesa, e ainda temos os chocolates e caramelos da Simply Chocolat. Já na segunda sala, destacam-se as malas em pele da António, onde cada modelo recebe o nome de um familiar das criadoras da marca (neste caso, é a Inês que espera ser levada por uma cliente). Ao lado, há saias e casacos, calças para homem e mulher, da +351, e no charriot, no lado oposto, está a roupa com a etiqueta da UOY. “Se preferir uma peça feita à medida, pode deslocar-se à embaixada, que fica do outro lado da rua, onde a UOY também tem loja, e escolher os tecidos, os botões e os forros”, diz-nos Ana Morais.
Falar de The Feeting Room, que escolheu a dedo tudo o que se vende na Beirut, é falar também das marcas nacionais de sapatos que representa. Por isso, há ténis, botas e saltos altos da Gladz, Perks, Goldmud e OrateOfficine, entre outras. “São os artigos mais procurados pelos clientes estrangeiros, essencialmente pela sua qualidade”, resume Ana Morais. Já na parede, estão os quadros de Inês Gato, que distraem o olhar. Muito para ver, portanto, antes que as portas se fechem definitivamente.
No final de abril, a Beirut encerra portas, pois o palacete onde está instalada a loja entra em obras que hão de durar dois anos. Mas The Feeting Room, principal curadora do projeto, manterá as suas lojas na Calçada do Sacramento, em Lisboa, no Largo dos Lóios, no Porto, e online, em www.thefeetingroom.com.
Beirut > Pç. do Princípe Real, 19, Lisboa > dom-sex 12h-20h, sáb 10h-20h