Romina Lamassa tem o apelido certo para o negócio que abraçou há dois anos, com o marido português: um restaurante de massa fresca. Italiana, nascida na Apúlia, com infância e adolescência passadas na Campânia, universidade de Veterinária feita em Nápoles e alguns anos de trabalho em Roma, os pratos que tem no pequeno restaurante no Estoril refletem o seu percurso.
No espaço de uma hora, com dois tipos de massa fresca à frente – um de farinha 00 e ovo, outro de sêmola de trigo e água, “este mais típico do Sul, onde não havia tanto dinheiro para ovos” –, uma máquina de esticar da marca Marcato, uma tábua e alguns utensílios de ferro e madeira, foi apresentando (como quem abre um estojo de joias e se entretém nas suas próprias criações) os vários formatos que confeciona. Alguns fazem parte da ementa fixa, como o tagliatelle, o pappardelle, o spaghetti e os ravioli, outros dependem da inspiração do dia “ou de pedidos de clientes italianos”, conta Romina. “Há os orecchiette, com formato de orelha, os cavatelli, que parecem escavados na massa, os corzetti, feitos com carimbos de madeira, os malloreddus, feitos com um utensílio de madeira.” Se a carbonara (€10) ou os ravioli de ricota e spinaci (€11) nunca saem da ementa, há dias em que gosta de variar. “Hoje fiz ravioli de brie e speck, amanhã vou fazer com creme de favas e pancetta.” O sítio é pequeno e convém reservar.
Lamassa > R. J. A. Ferreira, 121, Estoril, Cascais > T. 21 468 4362 > ter-sáb 12h30-15h, 19h-22h30