A simples firma diz tudo sobre a razão de ser da empresa: Quinta do Infantado – Vinhos de Quinta do Produtor, Lda. Situada em Gontelho, na margem direita do rio Douro, perto do Pinhão, a Quinta do Infantado tem 46 hectares de vinhas (12 em viticultura biológica e os restantes em cultivo sustentável), todas da classe A, que é a mais alta classificação da Região Demarcada do Douro, e tem adega onde faz, envelhece e engarrafa os seus vinhos. Recorre, exclusivamente, a uvas próprias e, à semelhança dos pequenos agricultores de Gontelho, usa técnicas tradicionais de vinificação em lagar, que aperfeiçoou, inovando, mas sem fugir à tradição, para obter vinhos da mais alta qualidade. Vinhos de quinta do produtor, pois, como está na firma.
A Quinta do Infantado sempre foi conhecida pela excelência das suas vinhas. Instituída pelo infante D. Pedro (daí o nome), futuro rei D. Pedro IV, em 1816, passou para a família Roseira, de Covas do Douro, em 1904. Pouco a pouco, a área das vinhas foi aumentando, ao mesmo tempo que se fazia uma seleção massal de mais de 20 castas durienses, entre brancas e tintas, plantadas com as mais variadas exposições e altitudes. Daí resultou a diversidade vitícola que permite à Quinta do Infantado fazer vinhos diferentes, sem qualquer manipulação. Em 1979 tornou-se o primeiro produtor engarrafador de Vinho do Porto e quebrou o monopólio dos negociantes de Vila Nova de Gaia. Comercializa um Porto branco seco e todas as categorias de Porto tinto: Ruby, Ruby reserva, Reserva rótulo verde (bio), LBV, Vintage, Tawny e Tawny reserva, Colheita e 10 e 20 anos de idade. Em 2001 surgiu o primeiro vinho tinto DOC Douro. Hoje, a gama de tintos secos inclui: Vinha do Infantado, Rótulo verde (bio), Quinta do Infantado, Roseira e Quinta do Infantado Reserva. Disponibiliza, ainda, três programas turísticos, mediante marcação prévia: visita e prova; visita, prova e almoço regional; um dia nas vindimas.
Quinta do Infantado Douro DOC 2012 Tem a concentração que o ano propiciou bem conjugada com a frescura e a finesse que as vinhas velhas transmitem. A fermentação em lagar, como todos os tintos da Quinta do Infantado, permitiu uma boa extração, mantendo a elegância. Com cerca de um ano de garrafa começa a dar uma boa prova, embora ainda possa ser guardado por mais uns bons anos. €11
Roseira Douro DOC 2011 O primeiro Roseira surgiu em 2008 para dar expressão às duas Tourigas mais conhecidas do Douro, a Nacional e a Franca, num vinho moderno, com complexidade e encanto, amigo da mesa, mas sempre fiel ao terroir de Gontelho. 2011 foi um ano excelente e este Roseira mostra-o bem com a tensão dos taninos finos e longos em equilíbrio com o floral e o frutado. €18
Quinta do Infantado Porto LBV 2011 Exemplo de qualidade no estilo tradicional, não filtrado, como todos os LBV da Quinta do Infantado, pelo menos desde 1991, é um vinho meio seco, vinoso, intenso, que requer alguns anos de cave. À mesa, pode acompanhar carnes vermelhas assadas, numa refeição diferente, ou os clássicos queijos de sabor forte, como o Serra e o Terrincho. €20