Aos 78 anos, Ney Matogrosso atira-se a mais uma digressão. O palco é a sua casa, a sua vida. Depois da longa digressão Atento aos Sinais, chega agora ao lado de cá do Atlântico este Bloco na Rua (que se estreou no início do ano, no Rio de Janeiro). O nome da nova digressão remete para a canção de Sérgio Sampaio Eu Quero É Botar o Bloco na Rua, agora recuperada por Ney, que, além de revisitar o seu reportório, canta temas de outros músicos, de Raul Seixas a Caetano Veloso ou DJ Dolores.
Neste momento de tensões e de conservadorismo na vida social e política brasileira, a energia de Ney Matogrosso, ícone gay, é, por si, um ato político. “Eu não defendo gays apenas, defendo índios, defendo os negros… Enquadrar-me como ‘o gay’ seria muito confortável para o sistema. Sou um ser humano, uma pessoa”, disse ao Folha de São Paulo em 2017.
Ney Matogrosso > Coliseu do Porto > R. de Passos Manuel 137, Porto > T. 22 339 4940 > 3 nov, dom 21h > €22 a €75 > Coliseu dos Recreios > R. Portas de Santo Antão 96, Lisboa > T. 21 324 0580 > 5-6 nov, ter-qua 21h > €18 a €80