VEJA OS VÍDEOS DE PARÓDIAS A RELVAS, PASSOS, GASPAR OU SÓCRATES NO FINAL DESTA PÁGINA
Uma investigadora que estudou os vídeos partilhados no Youtube defende que as paródias de “desconstrução” das imagens dos políticos na internet têm maior visibilidade e circulação do que os seus discursos originais, uma prática idêntica em vários países.
Na sua tese de doutoramento, Patrícia Dias da Silva analisou como os vídeos são utilizados no contexto da discussão política na plataforma de partilha de vídeos na internet Youtube e como possível forma de participação.
Este trabalho integra-se no projeto do Instituto de Ciências Sociais (ICS) da Universidade de Lisboa, que é hoje apresentado na conferência “Reconfigurações: media digital e transformações na comunicação pública e científica”.
“As paródias e desconstrução das imagens fabricadas dos políticos acabam por ter maior circulação do que as imagens encenadas dos discursos que os políticos procuram fazer passar, têm um impacto maior a nível de visibilidade e circulação”, disse à agência Lusa a docente na Escola Superior de Comunicação Social do Instituto Politécnico de Lisboa.
Para a investigadora, “sem dúvida, neste momento, é muito difícil imaginar o panorama mediático no seu todo sem pensar nas diversas paródias feitas, por exemplo, a [ex-ministro Miguel] Relvas, com diferentes remisturas das suas participações ou aquelas feitas a Passos Coelho [primeiro-ministro] ou a todos os outros políticos internacionais”, salientou.
E recordou que Portugal tem uma tradição de caricatura “muito forte”, dando como exemplo a época da 1.ª República e a quantidade de suplementos satíricos da altura.
Paródia a Relvas
Paródia a Passos, Relvas e Gaspar
Paródia a Sócrates