Há muito que os auto-retratos com o telemóvel, – ou as “selfies”, como são conhecidas estas fotografias – são uma tendência nas redes sociais. Mas ultimamente, têm conhecido algumas inovações: umas apenas incompreensíveis (como a recente, de tirar fotos a si próprio em funerais e velórios), outras bem mais perigosas. É o caso desta.
Só no Instagram, uma pesquisa por “#drivingselfie” (ou auto-retrato a conduzir) ou pelo plurar da palavra, devolve mais de 5500 imagens. E se se procurar por “#drivingtowork” (a conduzir para o trabalho), a rede social encontra quase 10 mil resultados. O mesmo no Twitter. E não se pense que é uma prática inconsciente dos perigos: muitos acrescentam a “tag” “#Ihopeidontcrash” (espero não ter um acidente).
“Tirar uma foto a si próprio a conduzir um veículo de uma tonelada a 80 ou 90 km/hpra? É pôr a própria vida em risco e a dos outros”, alerta Jackie Gillan, presidente da uma associação norte-americana de defensores da segurança nas estradas.
E a tendência não se limita aos carros. Já se encontram nas redes sociais “selfies” de pessoas a conduzir motas, barcos e até aviões…
O fenómeno já tem uma dimensão tão considerável que a Toyota criou um anúncio em que apela, numa tradução livre a que “Se fotografar não conduza”.