Não tem mais do que um milímetro cúbico, mas controla funções tão essenciais como a tensão arterial ou o armazenamento do açúcar. Muito vascularizado e com uma ligação ao sistema nervoso central, o corpo carotídeo situado no pescoço chega até a ser chamado de “minicérebro”, dado o seu papel na manutenção do bom funcionamento do corpo. Agora, uma equipa de investigadores da Universidade Nova de Lisboa conseguiu prevenir e ainda reverter a resistência à insulina, cortando o nervo, no corpo carotídeo.
O trabalho, feito em ratos, pela equipa de Sílvia Conde, abre um novo caminho no tratamento daquela que é a maior calamidade em saúde pública do século XXI, adiabetes. “O nosso objetivo agora é caracterizar muito bem a atividade do nervo de forma a que se possa impedir resistência à insulina”, avança a investigadora do Centro de Doenças Crónicas da Faculdade de Ciências Médicas, CEDOC.
A descoberta despertou o interesse da farmacêutica GlaxoSmithKline e agora empresa e centro de investigação trabalham em conjunto no desenvolvimento de um implante que liberta impulsos elétricos que atue exclusivamente na sensibilidade à insulina, sem afetar outras funções vitais, controladas pelo corpo carotídeo. Uma revolução anunciada!