As estimativas anteriores apontavam para um diâmetro de 270 metros, o que representaria o equivalente à libertação de energia de uma bomba de 506 megatoneladas, segundo os cálculos da NASA. O “asteróide do apocalipse”, como é conhecido, parece ter, no entanto, um diâmetro de 325 metros, de acordo com os dados recolhidos pelo telescópio Herschel na última quarta-feira, o dia em que o asteróide passou mais perto da Terra nos últimos anos.
“Os 20% de aumento no diâmetro traduzem-se num aumento de 75% nas nossas estimativas de volume e massa do asteróide”, refere Thomas Mueller, responsável pela análise dos ados recolhidos pelo telescópio da Agência Espacial Europeia.
Com o nome da divindade da mitologia egípcia do mal e da destruição, Apophis foi detetado em 2004. Os primeiros cálculos sugeriam uma probabilidade de 2,7% de o asteróide atingir a Terra em 2029 – a mais alta de sempre para um asteróide. Observações posteriores levaram, no entanto, a uma redução do risco estimado.
Além da aproximação prevista para 2029, os astrónomos estão também “de olho” numa outra, em abril de 2036.
Mas, até lá, um outro asteróide passará “junto” ao nosso Planeta muito brevemente: a 15 de fevereiro, o DA14 vai passar a apenas 34,5 mil quilómetros, o mais perto que algum asteróide esteve da Terra.