A morte foi anunciada por José Cesário, ex-secretário de estado das Comunidades e da Administração Local. O cantor lutava já há dois anos contra um cancro que lhe afetava a visão e quase o impossibilitava de andar. Estava internado desde a madrugada de quarta-feira, na unidade semi-intensiva do hospital Samaritano, em São Paulo, no Brasil.
Cesário mostrou os seus pêsames via Facebook, onde escreve: “Hoje acordamos com um enorme choque. O nosso amigo, grande Português no Brasil e no Mundo, António Joaquim Fernandes, o grande Roberto Leal, acabou de falecer. A tristeza é enorme! Portugal e o Brasil estão de luto”.
“Queria dizer que se trata de uma perda profunda para a comunidade portuguesa, para a que vive no Brasil e mais especificamente em São Paulo”, disse à Lusa José Luís Carneiro, secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, acrescentando que Roberto Leal era um símbolo da simbiose entre a música tradicional portuguesa e a cultura brasileira.
Nascido António Joaquim Fernandes, a 27 de novembro de 1951, em Vale da Porca, no concelho de Macedo de Cavaleiros, emigrou para o Brasil com 11 anos, juntamente com os pais e nove irmãos. Em São Paulo, após trabalhar como sapateiro e vendedor de doces, iniciou a carreira de cantor. Ficou conhecido por interpretar sucessos como “Arrebita”, “Uma casa Portuguesa” e “Chora Carolina”. Roberto Leal terá, até hoje, vendido mais de 17 milhões de discos e recebido 30 discos de ouro e 5 de platina.