“Este assunto está a ser estudado, mas as medidas que forem tomadas não podem ser reveladas”, disse Lavrov à agência russa RIA Novosti.
De acordo com o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, “se os Estados Unidos adotassem uma política mais responsável não existiriam os problemas” que se verificam neste momento.
Sergei Lavrov referiu-se diretamente ao agravamento das tensões entre Washington e Teerão e que, disse, podem pôr em perigo os especialistas russos que trabalham na central nuclear de Bushehr.
A instalação nuclear iraniana começou a ser construída na década de 1970 com ajuda financeira da Alemanha, mas o projeto foi interrompido após o triunfo da Revolução Islâmica de 1979 tendo sido retomado em fevereiro de 1998 depois de ter sido assinado um acordo de cooperação com a Rússia.
A construção da central prolongou-se durante vários anos por causa das pressões ocidentais, mas acabou por entrar em funcionamento em agosto de 2010 estando a funcionar em pleno desde junho de 2013.
As tensões entre os Estados Unidos e o Irão agravaram-se desde que Washington se retirou do acordo internacional sobre o programa nuclear de Teerão, em 2018.
No passado mês de abril, o presidente americano decidiu não renovar as extensões comerciais previstas sobre a compra de petróleo iraniano.
Entretanto, verifica-se um aumento da presença militar dos Estados Unidos no Médio Oriente, numa altura em que ocorreram “atos de sabotagem” em petroleiros no Golfo Pérsico.
O último incidente ocorreu na semana passada quando foi derrubado o aparelho voador não tripulado (‘drone’) MQ-4 Triton que, segundo Teerão violou espaço aéreo iraniano.
O Pentágono nega essa violação e na sequência do incidente, o chefe de Estado americano anunciou sanções contra o líder supremo do Irão, Ali Kamenei, e a outros altos responsáveis do Estado iraniano.
Lusa