Todos os anos, 19 cães competem pelo título de “cão mais feio do mundo”, atribuído pela The Sonoma-Marin Fair. Desta vez, ganhou “Scamp, o vagabundo”, um pequeno rafeiro com o pelo desgrenhado.
“Eu chamo-lhe cão rastafari e suspeito que ele tenha o ADN do Keith Richards”, explica, divertida, a dona Yvonne Morones, na biografia de Scamp, no site da competição. “O seu pelo preto não cresce, e não interessa quantas vezes vai ao cabeleireiro, o pelo grisalho cresce naturalmente, em rastas, desde as costas até à cauda. Não há quantidade suficiente de amaciador que consiga domar as suas tranças”, diz.
Segundo a mesma, Scamp foi “destinado a mais do que a uma vida nas ruas cruéis de Compton”. Foi salvo de um canil em Los Angeles, durante aquela que seria a sua “última hora” e, agora, dedica muito do seu tempo a fazer caridade. Para Yvonne, “tal como Bob Marley, Scamp personifica a música “One Love” durante o seu trabalho como mascote terapêutica, nos últimos sete anos”. O cão visita regularmente um lar de idosos que “gostam de tentar adivinhar qual é a sua raça e de escrever histórias sobre ele”. Além disso, também é um “cão de leitura”. Isto é, um voluntário semanal para ouvir histórias lidas por alunos do primeiro ano. “Ele aninha-se no colo das crianças a ouvir, e eles chamam-lhe “melancia peluda””, conta a dona.
O Scamp é ainda embaixador da Humane Society of Sonoma County, estando presente na cabina dos beijos, onde cumprimenta o público, em todos os eventos de sensibilização para a adoção animal, e é “um tio amoroso de dezenas de gatinhos adotados num abrigo, deixando-os brincar com o seu pelo e dando-lhes banho”.
Para lá do título de “cão mais feio do mundo”, Scamp recebeu também um troféu, e um prémio de 1500 dólares (cerca de 1300 euros). A quantia será dividida pelas organizações Humane Society of Sonoma County, Angels Fund e Compassion Without Borders.