Em outubro do ano passado, o governo israelita confiscou as salas de aulas de 49 alunos palestinianos, entre o primeiro e o sexto ano de escolaridade, em Ibziq, na Cisjordânia. Agora, publicaram um anúncio no jornal Maariv a anunciar o leilão a decorrer nos escritórios da Administração Civil.
Na lista de bens a ser leiloados constam datas, números de itens, localizações e descrições que correspondem às estruturas das salas de aula confiscadas.
Depois da apreensão das salas pré-fabricadas, a missão da UE em Jerusalém e Ramallah condenou as autoridades israelitas e pediu-lhes que reconstruíssem as estruturas no mesmo lugar de onde foram retiradas “sem demoras”.
“Todas as crianças têm o direito de ter acesso à educação e os Estados têm a obrigação de proteger, respeitar e garantir esse direito, assegurando que as escolas são espaços invioláveis e seguros para as crianças”, lê-se num comunicado da instituição.
“A UE apela às autoridades israelitas para que parem as demolições e de confiscar casas e propriedades palestinianas, em conformidade com as suas obrigações enquanto potência ocupante, ao abrigo da lei humanitária internacional”, acrescentam.
A venda também parece incluir material confiscado a palestinos e colonos israelitas que estariam alegadamente a construir sem autorização. Os palestinos têm uma autonomia muito limitada, principalmente áreas urbanas e mais de 400 mil israelitas já se mudaram para a Cisjordânia, construindo colonatos em terras apreendidas. Israel mantém o controlo total da maior parte do território e demole frequentemente casas e edifícios que diz ter sido construídos sem permissão.