À primeira vista parece uma pulseira normal – mas lá dentro guarda uma aplicação que pisca, se pressionada duas vezes, como forma de pedir a ajuda quando alguém se sente em perigo.
“Há muitas situações destas, à noite, nos bares e discotecas, mas não há nada assim no mercado, discreto e funcional”, conta a jovem portuguesa à VISÃO. “Bom, aqui há uns alarmes para casos de violação, que a polícia vende, mas que só podem ser acionados depois do ato. Não funcionam como prevenção”.
A viver em Edimburgo desde o início da adolescência, Beatriz Carvalho, 21 anos, é finalista de design na Universidade de Napier e conta que conhece demasiadas histórias de assédio na noite – além dos momentos desconfortáveis por que passou, quando ainda era adolescente… – para não por mãos à obra.
E assim nasceu a Lux, como lhe chamou, uma pulseira-protótipo que é também o seu trabalho de fim de curso, agora a aguardar investidores para entrar no mercardo.
“É possível juntar os contactos das pessoas com quem se está e o aviso segue para todas, seja com luz ou pelo telefone”, segue a estudante, confessando que, o que mais gostava, é que esta sua proposta servisse de alerta a quem trabalha na noite, para também estar mais sensibilizado para os abusos.
“O facto de acender permite dar um aviso – ao abusador mas também a quem estiver por perto – de que aquele comportamento não é aceitável ”, remata a jovem, convencida de que um gadget como este pode fazer toda a diferença. “Ninguém deve ter medo de sair à noite. Ninguém.”