O “desafio do estrangulamento” não é novo. Os dados mais recentes disponíveis são já de 2008, quando o centro para o Controlo e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA contabilizou 82 mortos, crianças e jovens com uma idade média de 13 anos, entre 1995 e 2007.
Para cumprirem o desafio, os jovens são convidados a se auto-estrangularem até perderem os sentidos pela alegada sensação de adrenalina que a experiência desencadeia. A morte é provocada, na maioria dos casos, pelos danos neurológicos desencadeados pelo impedimento à circulação sanguínea e ausência de oxigénio no cérebro.
“Como a maior parte de vocês sabem, o Mason esteve envolvido num incidente na quarta-feira [1 de maio] à tarde. Nós soubemos que Mason tentou um desafio que viu nas redes sociais e correu horrivelmente mal. O desafio que o Mason tentou foi o “choking challenge”. Este desafio é baseado na ideia de te estrangulares até ao ponto de desmaiares e parares. É suposto criar uma certa adrenalina. Infelizmente isto já tirou a vida a muitos jovens demasiado cedo e vai levar-nos o nosso precioso Mason”, pode ler-se numa publicação emotiva publicada por Joann Bogard, mãe de Mason, no Facebook.
“Queremos apelar do fundo do nosso coração… por favor prestem atenção aquilo que os vossos filhos veem nas redes sociais. Eu sei que os nossos filhos se queixam sempre de que somos demasiado protetores, mas não faz mal, é a nossa função. Obrigada mais uma vez pelas demonstrações de amor, apoio e orações. Abracem os vossos filhos, digam-lhes que os amam. Desfrutem de cada momento e esqueçam os pequenos problemas” disse.
Segundo a Time, este desafio já teve vários nomes como “Pass-out challenge” (desafio do desmaio) ou “Space Monkey” (macaco espacial). O desafio começou por se espalhar de boca em boca, mas atualmente é uma tendência nas redes sociais, onde é partilhado com a hashtag #ChokingChallenge.
Judy Rogg, mãe de Erik, que morreu à conta do desafio, em 2010, com 12 anos, e fundadora da organização “Erik’s Cause”, que pretende alertar os jovens relativamente aos perigos destes jogos, partilha a preocupação de Joann Bogard: “Eu não quero ver mais nenhuma mãe assim tão triste.”