“Muito poucos pais e avós acolheram o nosso conselho: quando os vossos filhos e netos estão na água, deixem o smartphone de lado.” A recomendação foi dada pela Associação Alemã de Nadadores Salvadores (DLRG na sigla germânica) devido ao crescente número de mortes de crianças por afogamento. O porta-voz da DLRG – com 40 mil associados é a maior do mundo – Achim Wise diz que há uma relação direta entre estas mortes e a obsessão dos pais com os telemóveis.
“Vemos diariamente que as pessoas vão para as piscinas como se estas fossem parques infantis e, simplesmente não prestam atenção” às crianças, acrescentou aos media alemães, citados pelo The Guardian.
Só este ano, já morreram 300 pessoas afogadas, destas 20 eram crianças com menos de 15 anos e 40 tinham entre 16 e 25 anos.
“Antes, pais e avós passavam mais tempo com as crianças na piscina, mas há um número crescente de pais que está fixado no ecrã do seu telemóvel e não está a olhar para a direita e para a esquerda, deixando as crianças sem atenção”, disse Achim Wise. “É pena que, nos dias que correm, os pais se comportem de maneira tão negligente.”
A DLRG lamenta que a natação não seja uma disciplina obrigatória nas escolas e que os pais não consigam coordenar os seus horários de trabalho com aulas de natação para os filhos.