Esta sexta-feira, 6 de julho, pelas 18h00, a Terra esteve mais distante do Sol do que em qualquer outro dia deste ano. Quer isto dizer, que atingiu o seu afélio, que significa precisamente “longe do sol”.
O Observatório Astronómico de Lisboa explica que de apesar de a nossa estrela se manter do mesmo tamanho, o sol parece também mais pequeno “porque o seu diâmetro aparente (angular) atingiu o valor mínimo: 31,46’”.
A distância média da Terra ao Sol é de cerca de 150 milhões de quilómetros mas dada a órbita elíptica da Terra, a distância varia diariamente, atingindo agora o seu máximo – 152 milhões de quilómetros – e em janeiro o seu mínimo – 147 milhões – quando se dá o periélio.
O afélio ocorre todos os anos entre 2 e 7 de julho. O periélio este ano foi registado no dia 3 de janeiro.
A maior distância do sol traduz-se também numa menor velocidade de órbita, segundo a lei de Kepler que explica que quando os planetas estão perto do Sol movem-se mais rapidamente do que quanto estão longe.
Neste caso, a Terra abranda cerca de 3600 quilómetros por hora.
O OAL recorda, para o caso de alguém estranhar a maior distância do sol em pleno verão, que “as estações do ano não dependem da distância ao Sol (que varia pouco porque a nossa órbita elíptica é quase circular) mas sim da inclinação do eixo da Terra em relação ao seu plano orbital.”