A Let’s End HepC (LEHC) consiste numa plataforma online e uma aplicação móvel, criadas e desenvolvidas por um consórcio universitário liderado por portugueses que pode ser acedida por todos aqueles que quiserem ajudar na eliminação da Hepatice C, incluindo políticos, médicos, investigadores, ativistas e doentes.
A ferramenta demonstra dados epidemiológicos da doença a nível mundial e local, formas de transmissão e de prevenção, dados que conjugados com a análise atual de 24 políticas e o seu peso – determinados por um grupo de peritos nacionais – são a base dos dados processados num algoritmo matemático que calcula a probabilidade de se atingir a eliminação da hepatite c em cada país.
“Nesta primeira fase de arranque do projeto, o algoritmo inclui todas as informações disponíveis atualmente em Portugal e debita o resultado da probabilidade de eliminação para Portugal até 2030, permitindo simultaneamente ver o impacto de possíveis alterações dos utilizadores da ferramenta e o seu impacto, quer por populações especificas (utilizadores de drogas por via endovenosa, reclusos, produtos de sangue ou população total), quer numa linha temporal anual até 2030″, explica Ricardo Baptista Leite, médico e coordenador científico de saúde pública do Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Católica Portuguesa, no comunicado da instituição.
O utilizador, ao aceder ao site, visualiza imediatamente e de forma gráfica o impacto que as políticas atuais têm no cumprimento do objetivo da eliminação e nos diferentes ‘outcomes’ para o ano de 2030, assim como em que ano será possível atingir (ou não) a eliminação com as políticas atualmente em curso.”
A “Calculadora Política” permite depois ao utilizador ver o impacto de diferentes políticas na eliminação da doença.
A equipa da Universidade Católica está a trabalhar na recolha de informações de outros cinco países – Bulgária, Inglaterra, Alemanha, Roménia e Espanha – parceiros nesta primeira fase do projeto.
“Ainda assim, este modelo pode ser aplicado para todos os países ou regiões desde que existam os dados necessários.”, acrescenta o coordenador.